" Toda lágrima é um círculo que se desfaz, mas que nunca se rompe. "
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Engraçado como a gente encontra conforto em um sorriso, em um dia de sol, numa pétala de rosa, num gesto de carinho, num simples olhar em meio à multidão. Engraçado como as coisas simples nos tornam felizes por um curto período de tempo, enquanto o que poderia ser grande nos assusta e, até mesmo, nos deixa tristes, também por breve momento. Esses estados momentâneos acabam por dar forma à toda uma existência, acabam por reger o cotidiano de uma criatura tão complexa que é o ser humano.
São os pequenos momentos, gestos, atos, os acontecimentos mais simplistas e talvez até desimportantes, que nos tornam diferentes uns dos outros, tal qual a diferença entre cada floco de neve. São as experiências vividas, as lágrimas que escorreram mesmo quando tentávamos segurá-las, as decepções em talvez uma palavra, a convivência com outros mundos. Tudo isso nos torna seres ímpares.
De seres ímpares, espera-se que as ações também o sejam, apesar de o comodismo deixar alguns estagnados no mesmo patamar. O que torna o mundo um lugar habitável não é apenas a camada atmosférica, a concentração de gases, a existência de água em certa abundância, o processo de aquecimento e resfriamento.. O que torna o mundo habitável por criaturas não 100% instintivas são as próprias criaturas. Raro é alguém não relacionar-se com outra pessoa. O seres humanos são animais -teoricamente conscientes- que não existem no singular. Não há cidades, casas, nada que não tenham envolvido 2 ou mais pessoas em sua construção, ou manutenção, ou até mesmo como companhia.
O ser humano depende de gente, e as pessoas são imprevisíveis até quando vem a decepção.
Cabe talvez a nós mesmos lidar com isso e parar de esperar algo de uma criatura tão imprevisível quanto nós mesmos.. (:
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Percepção Humana
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Texto antigo.. mas vale a pena!
Sinto a falta do teu orgulho, da tua fé, do teu olho verde à olhar-me entre beijos e abraços.
Sinto a falta do teu olhar a deixar-me nú. Nú de corpo e alma, perdido a encontrar-me em cada centímetro da tua pele. Falta de, com um olhar, te fazer entender que, enquanto estiver contigo, serei o mais sortudo dos homens.
No lugar onde "ser homem" já não é mais sinônimo de humanidade. Eu só queria te provar que, apesar dos males, ainda vale a pena acreditar em nós, nos nossos laços, nos nossos pesares, nossas falhas. Te fazer perceber que, ainda assim, o homem tem um sentimento que vai além de qualquer coisa carnal. E sim, uso "coisa" no sentido mais subjetivo, amplo e ambíguo possível.
Não desistir de acreditar na vida, no mundo, nas pessoas; por mais que algumas o machuquem, elas sempre terão algo de bom a oferecer. Parte do mais íntimo de cada um encarar o verbo 'viver' de uma maneira ou de outra.
Sinto falta, inclusive, do teu otimismo. Divagar sobre as questões mundanas me faz lembrar do quanto você foi especial.
Mas, tudo não passou de uma ilusão idealizada. Eu só quis ver tudo o que você nunca foi. Só quis manter perto de mim um alguém que não era você e que nunca saberei, se fato, quem foi.
A minha vontade única é seguir em frente e acreditar que tudo vai mudar; ter fé de que eu posso, de fato, acreditar nos outros, na chamada "humanidade" que, atualmente, nada tem de humana.. Ter fé de que, um dia, eu vou te encontrar e te chamar de meu.
Beijos e abraços pra quem leu, ou não, e até a próxima!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
blá.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Menininhozinho!
Tirava minhas forças do por do sol que entrava pela janela do meu quarto sem pedir licença, entrava não só no quarto, como nos olhos inchados do menino que ali estava. Estava sentado há muito tempo, e não sabia o que fazer. Não sabia como conter o que sentia, não sabia como tratar a brisa que brincava insolente com seu rosto embebido em lágrimas. Tudo que tinha de dizer já fora dito, tudo que podia fazer era esperar, esperar por alguém que não viria, esperar por um sonho que morria lentamente.
A luta não mais existia. Não mais instaurava-se no lugar daquele coração antes despedaçado. E era aí que entrava tal por do sol. O sol, inescrupulosamente, entrava por cada poro existente em seu ser. E iluminava cada vontade que um dia ele teve de ter alguém ao lado. Algo como 'isso é a vida', era o que todos lhe diziam. E era, também, justamente o que ele relutava em aceitar. Porque a vida teria de ser daquele jeito? Tudo seria tão mais fácil se o coração fosse tão voluntário quanto o cérebro. Porque ele fora gostar do sol que alguém representava? Dos raios que vinham beijar seus lábios, dos raios que vinham lhe confortar num dia chuvoso em pleno verão? Mas o que mais o intrigava era o porquê de ele se sentir tão seguro perto desse alguém. Todo o medo que o consumia, toda a solidão que o embalava em seus braços sumiam, como se fossem sombras consumidas pela luz.
Porque raios alguém viria representar a luz que ele precisava? Porque diabos alguém estava ali, afinal?
Mas, como sempre, vem a vida toda pomposa, com um olhar de desdém, e lhe responde: ' não há resposta para todos os seus porquês. Apenas um conselho: viva e faça a diferença.
E foi assim que o menino viu-se frente à vida como se tudo fosse especial. Como se cada momento fosse o último, como se cada pessoa fosse a única. Sua alegria e felicidade, apesar de alguns empecilhos, o faziam ser lembrado.
Apesar dos pesares, a vida não foi fácil. Mas o menino lutou, batalhou com unhas e dentes para conseguir o que queria, para se preencher tanto com o abraço que conforta, quanto com a mão que apunhala. Aprendeu que tudo tem um motivo e significado, aprendeu que, com as pedras do caminho, ele muito bem fazer um montinho e subir, tornar-se mais do que tudo aquilo. E, por isso, ele fez, de fato, a diferença, como um dia lembrou-se do conselho da vida. Ele viveu como indigente, como livre, como conselheiro, viveu como se a vida fosse sua velha amiga, como se tudo não passasse de uma boa experiencia, de uma boa oportunidade de ser lembrado. E ele foi lembrado..
Lembrado como aquele que protegia sempre que podia, mas que também sabia ser protegido quando necessário. Lembrado como aquele cuja imensidão de calos e fragmentos foi se desfazendo, dando lugar à um poço de sentimento e doçura, margeado por vontade de ser feliz, e fazer os outros felizes. O menino foi lembrado por um sorriso que ninguém mais tinha, um sorriso que irradiava, como se fosse um raio de sol.
Enfim, acho que já era hora de postar. E eu gostei bastante desse texto que veio agora. Haha. Afinal, só cabe a gente encarar a vida como amiga ou inimiga. Viver ou deixar que os outros vivam pela gente..
É isso aí, galera. Abraços e beijos, até mais!
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Long ago!
O que me dá raiva não é esse sentimento preso dentro do peito. O que me dá raiva é saber que ele só está ali porquê eu quero que esteja, porquê cada vez que dói eu te sinto perto de mim, porquê cada vez que meu coração pulsa, eu sinto seu toque na minha pele, seu cheiro perturbando-me os sentidos e o teu beijo.
O vento gélido que passa por mim não é nada além de uma projeção de navalhas, navalhas que cortam minh'alma junto com esse sentimento.
O que mais me incomoda é ter a certeza de que você não vai voltar, de que não vai ser a mesma coisa. Ter a certeza de que eu perdi mais do que um parente, perdi uma metade do meu ser.
Talvez o que eu mais queria agora era ganhar um bom abraço e ter a certeza de que tudo não passou de um pesadelo. Queria tua voz no meu ouvido à dizer ' já acabou, estou aqui agora'. Queria você perto de mim.
Eu não sinto raiva, eu não sinto pesar pelo que aconteceu. Só sinto que eu devia ter pensado mais antes de agir, ter agido com o cérebro, esse músculo que anda agindo mais involuntariamente do que devia.. O coração tomou conta, o que eu sentia me consumiu. Comecei a pensar por dois, comecei a agir por dois. Agora sinto falta desse segundo elemento no meu pensamento..
É nessas horas que a gente sente a diferença entre os pesos de um ato pensado e de um ato impulsivo!
É nessas horas que a gente descobre que, se tivéssemos pensado uma vez sequer, teríamos mantido por muito mais tempo o que estava acontecendo..
Ir devagar nem sempre é um 'movimento retardado'.. o movimento pode ser acelerado, contanto que ambas as partes estejam bem consigo mesmas. Afinal, sentir saudade não é motivo suficiente pra trazer as pessoas que amamos de volta, mas não deixa de ser a prova de que cada minuto do passado valeu a pena.
Sei lá, isso tá bom? uahuahahahahuahuha.
Foi surgindo e eu fui escrevendo.. li de novo, mas só peguei do ponto de vista da linguística... Espero que gostem.. vou me esforçar pra postar mais frequentemente!
Beijos, abraços e até a próxima!